Evento realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas ocorreu no fim de semana, na sede da entidade, em Chapecó
Interpretação de exames de cães e gatos foi o tema que norteou o treinamento com “As pegadinhas dos exames complementares”, no último fim de semana. A palestra integrou a programação do Primeiro Encontro Pet, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e que teve como palestrante a renomada médica veterinária Helena M. Cardoso Pissetti. Participaram profissionais que atuam com pequenos animais em clínicas e petshops, que puderam ampliar conhecimentos para oferecer um atendimento ainda mais completo aos pacientes.
Helena explanou principalmente sobre interpretação de hemograma. “É a análise das células sanguíneas. Com esse exame, verificamos se o animal tem anemia, alteração nas plaquetas que pode causar distúrbio da coagulação, e o leucograma que mostra se há inflamação ou infecção”, explicou. A palestrante também trouxe dados atualizados de estudos e pesquisas relacionados à interpretação dos exames. “Falamos sobre várias crenças que antigamente se acreditava que era de um jeito e hoje já se sabe que é diferente e abordamos maneiras de fazer o melhor pelo paciente através de uma boa interpretação dos exames, tratando melhor os cães e gatos diante das doenças que eles podem apresentar”.
A palestrante salientou que o hemograma funciona como uma triagem e é um exame fundamental. “Se o animal está doente e passou por uma consulta, é muito difícil sair dela sem fazer um hemograma. É um exame básico que traz muitas informações”, sublinhou. Além disso, Helena frisou que é importante observar todas as linhagens celulares, mas principalmente que o médico veterinário relacione os exames com a história do animal. “Dois pacientes podem ter a mesma alteração no exame e elas podem ter dois significados completamente diferentes, não é matemático”, expôs, ao acrescentar que o médico veterinário é como se fosse o médico da família. “Se ele não conhece a história do animal e não tem um bom relacionamento com o tutor, fica mais difícil acertar o diagnóstico”.
De acordo com um dos integrantes da Comissão Organizadora, Guilherme Dallago Pioczcovski, o Primeiro Encontro Pet, além de trazer conhecimento sobre um tema relevante com uma especialista na área, também teve objetivo de fortalecer a classe. “Entre os objetivos da entidade estão atender as demandas e necessidades dos colegas, trazer educação continuada de qualidade e acessível, abrir espaço para debate de questões importantes, viabilizar projetos conjuntos que favoreça nossa classe e aproximar os colegas”.
O presidente do Nucleovet, Lucas Piroca, ressaltou que o Primeiro Encontro Pet trouxe diversos aspectos positivos, entre eles a interação com novos colegas de profissão, mais conhecimento sobre o funcionamento da área de pequenos animais na visão de negócio que envolve cadeia de insumos, fornecedores e clínicas e permitiu ao Nucleovet contribuir nesse setor. “A exemplo dos simpósios de avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite, no Primeiro Evento Pet também pensamos em um assunto que contribua com atualização técnica, conectado com a atualidade e com aplicação prática, aspecto que sempre foi um diferencial nos eventos promovidos pelo Nucleovet, além de promover networking”, concluiu.
O Nucleovet já tem datas agendadas para as próximas duas edições do Encontro Pet: dia 22 de julho e dia 18 de novembro deste ano. As temáticas serão definidas e divulgadas em breve.